Uma parte da casa era coberta de palha e em um dos lados o telhado chegava até
o chão. E no inverno, quando havia neve e nosso pai não estava em casa, meu irmãos de criação se
divertiam escorregando da chaminé até o solo
(Do livro Memórias de Martinus)
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Martinus viveu na Dinamarca de 1890 a 1981. É conhecido por sua ampla produção
literária, fundamentada na ciência espiritual e que se intitula como: O Terceiro
Testamento Filho de mãe solteira – condição humilde e escolaridade
limitada Ela não tinha condições de cuidar do menino. Ele foi criado como afilhado
na casa do irmão da mãe dele e a esposa, no humilde ambiente de “Moskildvad”. |
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Martinus já tinha naquela época uma relação próxima e pessoal com
Deus. Ele contava que se uma mosca estivesse a ponto de se afogar na jarra de leite, tentava
salvá-la, porque caso contrário não podia esperar que Deus o ajudasse quando tivesse
necessidade Dele. |
O fundamental para os leitores não são as experiências espirituais que tive,
mas os resultados que elas geraram. Porque tais resultados podem ser investigados por qualquer
pessoa moralmente apta para isto; imparcial e emancipada. Estes resultados constituem o conjunto
de minha manifestação.
(Sobre o nascimento de minha missão, Livreto 4, cap. 20)
As capacidades que cheguei a desenvolver somente são as que todos os homens
antes de mim alcançaram, e todas aquelas que todos depois de mim alcançarão, absolutamente
todos, sem nenhuma exceção.
(O Cristianismo Intelectualizado, apartado 5)
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Mas Martinus tinha muita vontade de fazer algo a mais em sua vida do que simplesmente estar sentado em um escritório digitando números durante todo o dia. Houve um periodo em que se sentiu atraído pela idéia de ser misionário, mas deixou de lado, porque não aceitava a interpretação anacrônica de muitos dogmas cristãos. Breve se tornaria evidente que Martinus tinha a sua própria missão. Consciência cósmica aos 30 anos “O batismo de fogo que experienciei, e cujas detalhadas análises não posso fazer aqui, abriram em mim novas capacidades de percepção; capacidades estas que me puseram em condições de ver, não esporadicamente, mas em permanente estado de consciência diurna e desperta, o conjunto das forças espirituais mais importantes das causas invisíveis, das leis eternas, das energias básicas e dos princípios fundamentais além mundo físico. O mistério da vida não era mais um mistério para mim. Havia adquirido a consciência da vida do universo e havia sido iniciado no " princípio criador divino". (Livets Bog 1, paráfrafo 21). Martinus denomina este novo estado de consciência, que atingiu aos 30 anos, "consciência cósmica". A condição necessária para a consciência cósmica é uma capacidade de intuição altamente desenvolvida, as quais todos os homens, mais cedo ou mais tarde, desenvolverão. O trabalho com a imagem cósmica do universoDepois de haver alcançado a sua consciência cósmica, Martinus teve que se acostumar a usá-la. Ele rapidamente percebeu que precisava ser vegetariano. Ele também percebeu que não poderia limitar-se a descrever sua análise científico-espiritual apenas em seu tempo livre. Isto marcou o início de alguns anos com poucos recursos econômicos. Martinus viveu da ajuda de pessoas bondosas que entenderam a importância de sua missão. O primeiro volume do "Livets Bog” (O Livro da Vida)" foi concluído para a publicação em 1932. Durante quase 50 anos Martinus continuou com sua extensa produção literária a qual compreende muitos milhares de páginas, símbolos e uma longa série de conferências. Uma parte importante de sua missão consiste em deixar claro que o cristianismo e outras religiões evoluem para um futuro que corresponde ao nível de consciência do homem moderno intelectualizado. Por isso, designou suas obras como o cristianismo intelectualizado e deu o título conjunto de O Terceiro Testamento. Desta maneira, Martinus congrega os separados modos científicos e religiosos de pensar em uma nova ciência espiritual, a qual prevê ser o alicerce para o futuro desenvolvimento da humanidade. Grande personalidade sem adoraçãoPara Martinus era muito importante que não se criasse nenhuma forma de
seita e nem afiliações relacionadas à obra da vida dele. Do mesmo modo não desejava, de
forma alguma, ser objeto de culto. Não formava parte de sua missão ser um dirigente
cultuado ou líder de uma comunidade religiosa. O fundamental para ele era escrever e tornar
acessível o seu conhecimento cósmico. Em um país pequeno e materialista como a Dinamarca,
Martinus podia, despercebidamente, desenvolver este trabalho. Isto não significa,
entretanto, que vivesse isolado. Era sempre muito acolhedor e dedicava o tempo que fosse
necessário para responder às perguntas, quando as pessoas o procuravam. Em resumo, Martinus
era uma pessoa muito jovial e amável. Gostava muito de estar com seus amigos. Por causa de
sua evolução como homem com dualidade de polos não vivia numa relação de casal e não tinha
família. Às freqüentes perguntas sobre este tema respondia, com muito prazer, dizendo
que estava casado com toda a humanidade. |